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Enquanto no Brasil a descriminalização engatinha

Enquanto no Brasil a discussão sobre a descriminalização da maconha ainda engatinha, em outros países a coisa é bem diferente.

Por exemplo: na França o governo já começa a avaliar a posição de proibição e os benefícios médicos da cannabis. Aqui perto, no Uruguai, temos uma experiência bem rica e interessante que mostra, de uma vez por todas, que as coisas não são mais como antes.

O raciocínio dos conservadores

“A febre da cannabis legal chega à França”. Essa foi a manchete do Les Echos, um jornal francês que mostra o quanto esse país está se libertando de seus preconceitos. Nos chamados “coffee-shops”, a compra vem se alastrando para uso medicinal ou recreativo, e com isso a popularidade do assunto tem aumentado. Até mesmo o governo Macron, reconhecido como conservador nos costumes, tem dado mostras de reavaliar a posição da França no que diz respeito a liberação do uso da cannabis.
Ao passo em que no Brasil a discussão ainda caminha lentamente. Apesar das marchas da maconha e de campanhas de conscientização, tanto a população quanto seus políticos ainda parecem ter parado no tempo. Tudo isso se explica pelo atraso de comportamento e de costumes do povo brasileiro. Ainda há uma associação muito grande da cannabis com o tráfico. Isso faz com que os políticos mais populistas sejam contra a sua legalização, barrando iniciativas que poderiam ser muito positivas.
Na realidade, a cabeça dos conservadores está na tríade “Deus, família e propriedade”, onde eles acreditam que fazer uso dessa substância é contra as leis de deus; se não por isso, alegam que seu vício destrói famílias; por fim, sem mais argumentos, dizem que não defendem a legalização por conta do direito de propriedade: o país seria tomado por plantações de pés de maconha.

Como combater a ignorância?

Não há remédio para combater essas idéias atrasadas senão com informação e educação. Enquanto os demagogos continuarem a deslanchar suas ideias atrasadas, milhares de pessoas tem acesso restrito (para não dizer impossível) a cannabis para uso medicinal. Problemas de saúde como artrite, artrose, epilepsia e até mesmo câncer são atenuados com o uso de remédios que usam a maconha como um de seus principais componentes. O canabidiol é um grande exemplo: vem causando polêmica no Brasil por conta da batalha pela sua liberação.
Porém, poucas são as pessoas que se atentam para as qualidades desse medicamento, que atenua o sofrimento de muitas pessoas para seus problemas crônicos, incuráveis.
A solução dessa guerra midiática é vencer pela conscientização. O papel da internet, infelizmente, tem sido deturpado por conta das fake news e correntes maliciosas. Todavia, ainda é o melhor veículo para espalhar as verdades sobre o uso e consumo da cannabis.

A guerra midiática continua

Muitas batalhas ainda serão travadas nos meios de comunicação para entregar notícias e artigos de fontes verdadeiras a população, tanto aqui no país quanto no exterior. É preciso expor verdadeiras evoluções medicinais causadas pelos estudos da planta, como o enorme avanço do THC.
O THC é um princípio ativo da cannabis que tem sido utilizado largamente pela ciência para a produção de remédios para problemas sérios, como dores crônicas e sintomas da esclerose múltipla, além de ajudar a combater os efeitos colaterais da quimioterapia.
A falta de informação faz com que tudo (cannabis medicinal e recreativa) seja tratada com enorme preconceito, fazendo com que o THC (principal ativo do dronabinol) seja estigmatizado até por médicos. Portanto, se faz necessário que estejamos sempre atentos para esclarecer a população em geral dos grandes benefícios que a cannabis pode gerar e assim, vencer a guerra midiática contra a elite do atraso.

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