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A maconha acaba com o seu cerebro?

Em algum momento da sua vida, você ouviu algum parente ou amigo dizer que a maconha acaba com o seu cérebro. Não há dúvidas… Essa ideia vem de muito tempo, e tem sido replicada por várias gerações. O mais comum é ouvir dizer que a maconha estraga todo o organismo. Sendo até pior que o cigarro comum.

Houve até pesquisas científicas que pretendiam basear essa informação. Essas também foram bastante divulgadas e ajudaram a criar a aura de preconceito em torno da cannabis.

Porém, caro leitor, tudo isso que você certamente ouviu falar está errado. Quer saber por quê? Continue lendo este artigo e descubra.


Atenção para as novas descobertas

Primeiramente, é bom esclarecer: estudos sobre os efeitos da cannabis são realizados quase anualmente. Pesquisadores interessados em entender como é que essa substância pode ajudar na medicina também ajudam a compreender os efeitos dela no cérebro humano. As mais recentes indicam o potencial benéfico da maconha, mas por muito tempo não foi assim.

As coisas começaram a mudar efetivamente em 2015, quando uma pesquisa foi divulgada no The Journal of Neuroscience. Naquele ano, um estudo feito de forma controlada descobriu que a maconha não causa os péssimos efeitos que se acreditava antes.

Funcionou assim: estudou-se o cérebro de 29 adultos usuários e 29 não-usuários. Assim como o de 50 adolescentes em cada campo de análise. Na comparação entre os dois grupos não foram encontradas nenhuma das alterações que tanto se propagavam em relatórios anteriores. E por quê?

Álcool: o verdadeiro vilão

Juntamente com a divulgação dessa pesquisa, começou a se detalhar como foi feito o estudo anterior. Ajudou a disseminar a ideia de que a cannabis é potencialmente perigosa. De fato, não foi levado em consideração, na apuração anterior, que boa parte dos voluntários era usuário de álcool.

Ou seja: na realidade, o que fazia mal e aparecia nos exames apresentados pelos voluntários não era a maconha, mas sim o álcool. A pesquisa, então, passou a ser considerada cientificamente incorreta.

Mas isso leva a algumas considerações: como é que os pesquisadores anteriores não levaram isso em consideração? É muito fácil indicar que a cannabis (e seus derivados) prejudicam a saúde de quem os consome. Mas não analisa o potencial devastador que o álcool causa no organismo das pessoas?

A destruição de células cerebrais é gigantesca em usuários frequentes de álcool. Entretanto, o preconceito cai quase totalmente em cima de usuários de uma planta potencialmente segura. Inclusive causa efeitos benéficos em pessoas com determinadas doenças e que, mesmo se não for este o caso, não traz nenhum malefício. Estranho, não?

O lobby continua à todo vapor

Após a divulgação dessa pesquisa em 2015, diversas outras foram publicadas, até no mesmo Journal of Neuroscience, sendo que a maioria corrobora os resultados que discutimos neste artigo. Frequentemente, porém, a grande mídia dá um destaque maior a pesquisas que procuram provar o contrário: que a maconha faz, sim, alterações cerebrais irreversíveis e que tem potencial para ser um produto capaz de fazer mal à saúde dos usuários. É uma pena.

Chega a ser trágico que haja o lobby, provavelmente dos grandes produtores de álcool, tabaco, indústria farmacêutica. Para que a maconha seja considerada uma grande vilã. Enquanto isso acontece, os produtores de cerveja, vinho, vodka e afins continuam a lucrar muito, (muito mesmo!) em detrimento da saúde dos consumidores. Uma planta com grandes potenciais benéficos é estigmatizada, enquanto o produto que realmente faz mal continua vendendo como se nada tivesse sido descoberto sobre seus efeitos.

Em suma, é sempre bom divulgar, para o máximo de pessoas possível, os resultados dessa pesquisa pioneira realizada em 2015. Com ela, é possível ter a certeza de que a cannabis não traz nenhum tipo de malefício a quem usa; o grande lamento é perceber que, enquanto esses são colocados como usuários de droga perante a sociedade, outras drogas realmente nocivas continuam sendo vendidas tranquilamente. Destruindo famílias e vidas diariamente.

Comentários (5)

    • Erik Amazonas (SaudeCanabica)

    Muito bom!!!
    A velha hipocrisia do proibicionismo vendendo a ideia de que estão preocupados com a saúde da população enquanto pouco ou nada fazem em relação ao álcool que, mais do que comprovadamente, só tem efeitos colaterais (graves) e basicamente nenhum efeito benéfico à saúde.

    20 de setembro de 2018
    • leandrogoncalves2447

    Eu acho que a maconha estimula o celebro

    26 de abril de 2020
    • Danielle

    Plante não compre.

    25 de maio de 2020
    • Danielle

    Plante, não compre.

    25 de maio de 2020
    • Heloisio

    Libere já

    8 de junho de 2020

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