Dicas Gerais

Diferenças entre Genéticas Fotoperiódicas e Automáticas

A cannabis é uma planta versátil e adaptável, com uma variedade de genéticas que atendem a diferentes necessidades e preferências de cultivo. Duas das principais categorias de cannabis são as genéticas fotoperiódicas e automáticas (ou autoflorescentes). Cada uma possui características únicas que influenciam o crescimento, a colheita e o manejo da planta. Neste artigo, vamos explorar as principais diferenças entre essas duas genéticas, ajudando você a escolher a melhor opção para o seu cultivo.

Fotoperiódicas

O que são?

As plantas fotoperiódicas seguem o ciclo de luz para definir seu desenvolvimento. Elas permanecem em fase vegetativa enquanto recebem longos períodos de luz (18h ou mais). Já a floração começa quando o fotoperíodo cai para cerca de 12h de luz e 12h de escuridão, simulando a transição do verão para o outono.

Vantagens
  • Controle total: o cultivador decide quando a planta passa da fase vegetativa para a floração, podendo deixá-la crescer mais antes de florescer.
  • Maior rendimento: como podem permanecer mais tempo na vegetativa, normalmente resultam em colheitas mais abundantes.
  • Diversidade genética: a maioria das genéticas clássicas e modernas vem em versão fotoperiódica, oferecendo ampla variedade de perfis de canabinoides e terpenos.
Desvantagens
  • Exigem manejo de luz: em cultivo indoor, precisam de temporizadores e controle rigoroso do fotoperíodo.
  • Ciclo mais longo: geralmente levam de 4 a 6 meses entre germinação e colheita, dependendo da variedade.

Automáticas (Autoflorescente)

O que são?

As genéticas automáticas têm sua origem na Cannabis ruderalis, que evoluiu em regiões de clima extremo, onde o verão curto não permitia depender do fotoperíodo. Por isso, florescem de forma independente da luz, entrando na fase de floração automaticamente entre 2 a 4 semanas após a germinação.

Vantagens
  • Ciclo rápido: em 8 a 12 semanas já estão prontas para a colheita, possibilitando várias safras no mesmo ano.
  • Mais discretas: geralmente são compactas, ideais para espaços pequenos ou cultivos que exigem discrição.
  • Praticidade: como não dependem de fotoperíodo, podem receber luz contínua (18–20h/dia) durante todo o ciclo.
Desvantagens
  • Menor controle: não há como prolongar a fase vegetativa; uma vez que entram em floração, não é possível reverter.
  • Rendimento limitado: apesar de muitos avanços, ainda produzem menos que as fotoperiódicas na média.
  • Sensíveis a erros: aqui está o ponto crucial — como têm ciclo curto e “programado”, qualquer estresse no início (transplantes mal feitos, excesso de nutrientes, podas agressivas, etc.) pode travar o desenvolvimento e comprometer totalmente a colheita. Por isso, embora sejam práticas, não são necessariamente a melhor escolha para iniciantes.

Considerações Finais

A escolha entre genéticas fotoperiódicas e automáticas depende do objetivo do cultivador:

  • Se a ideia é maximizar rendimento, explorar ao máximo o manejo e aprender sobre o ciclo da planta, as fotoperiódicas oferecem mais controle e margem para correções.
  • Se o foco é rapidez, praticidade ou cultivos em espaços reduzidos, as automáticas podem ser boas aliadas — desde que se tenha cuidado extra, já que não permitem erros.

No fim, ambas têm seu valor e podem entregar excelentes resultados quando cultivadas com atenção. O segredo é alinhar as características de cada tipo com sua experiência, espaço disponível e metas de cultivo.

Aviso Legal:
O conteúdo apresentado neste blog tem caráter exclusivamente informativo e educativo, não devendo ser interpretado como incentivo, recomendação ou prescrição de uso de cannabis. O cultivo, posse e consumo da planta estão sujeitos à legislação vigente em cada país ou estado. Somente utilize ou cultive cannabis se a legislação local permitir, ou se houver autorização legal específica para tal, como em casos de uso medicinal devidamente regulamentado.

 

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